Revirei mais uma vez entre os lençóis antigos de
Dianna, tentando miseravelmente relaxar pela décima vez naquela noite. Nenhuma
posição era certa, apertava o edredom nas mãos, frustrada, quase rasgando, se é
que era possível. Estava suada, o coração palpitava, sentia que iria
enlouquecer e não tinha ideia do porquê.
Levantei da cama, saindo pelo corredor atrás de uma
água gelada. Era como se tivesse com minhas mãos atadas, a vontade em minhas
entranhas contorcendo-me em nervoso. Já estava assim há alguns dias, mas a cada
noite era pior, e agora que meu pai estava bem e isso continuara, não sabia
como resolver.
Depois da água me senti um pouco melhor, mas minha
cabeça doía, tamanho o estresse, assim como minhas pálpebras. Voltei pelos
corredores até chegar na porta do quarto novamente, dando de cara com Joseph,
que parecia não conseguir pegar no sono também.
Reparando naquele corpo imenso usando apenas camiseta
branca e calção azul, percebi porque estava tão tensa. Como se nossa mente
convergisse, ambos avançamos um contra o outro num beijo faminto. Ele se
abaixou, pegando minhas pernas, que enlaçaram seu quadril, sem separar o beijo,
carregando-me até o quarto onde estava dormindo.
Oh, sim, era isso o que eu queria. Era isso que estava
me faltando há muito, muito tempo.
Paramos um segundo, com medo de que alguém tivesse nos
ouvido, mas como o silêncio continuou, Joseph voltou a me beijar, levando-me
para sua cama. Comparado com o seu quarto em Forks, aquele era um cubículo, e
eu o amei ainda mais por não ter dito nada, isso era humildade.
Suas mãos sumiram com minha blusa, assim como fiz com
a camisa dele, os dois rindo da travessura que era aquele momento. Exatamente
como antes, dois amantes, parceiros, compartilhando algo único que só diz
respeito a nós dois.
Ele me encarou por um instante, segurando o meu rosto,
parecendo fascinado, beijando-me novamente em seguida. Era estranho perceber
que era a primeira vez que fazíamos isso, o que fez eu me perguntar se era a
primeira vez dele, mas sua rapidez em retirar meu sutiã e colocou a camisinha respondeu
que não.
Não demorou muito pra relação sexual começar de fato, ele
pôs minhas mãos acima da minha cabeça, segurando apenas com uma das suas,
passeando com a outra por todo o meu corpo enquanto investia cada vez mais
rápido, cada vez mais fundo. A sensação que eu tanto esperara, chegava aos
poucos, ficando mais intensa, uma explosão carnal. Um gemido alto foi abafado
por outro beijo dele, que investiu apenas mais um pouco até atingir o ápice
também. Seus lábios carinhosos desceram por meu rosto e pescoço, ato que quase
me fez chorar.
Joseph repousou sua cabeça sobre meu ombro, meus dedos
livres agora acariciando seus cabelos. O olhar relaxado e cansado dele me
deixou feliz.
- Eu te amo. – sussurrei. Ele deu um sorriso fraco.
- Eu também te amo... Muito.
Fiquei observando-o pegar no sono, sorrindo até
adormecer também.
De manhã, meu corpo estava tão relaxado que eu nem
queria sair da cama. Olhei ao redor, o quarto estava vazio. Meu coração apertou,
mas logo um moreno dos olhos azuis só de toalha entrou no quarto, usando
somente uma toalha. Seu abdômen definido e cabelos estavam molhados e o cheiro
de sabonete emanava no quarto.
Suspirei, sentando-me e sorri, recebendo o beijo que
ele me deu ao se aproximar.
- Bom dia, caipira.
- Bom dia, cowboy. – ri – Amanhã voltamos pra Forks.
To com saudade do Natan.
Joseph se sentou ao meu lado.
- E ele sente sua falta. Mas agora que eu trabalho na
escola vou falar de você o tempo todo pra ele. – seus braços me rodearam, de
modo que acabei deitada em seu peito, ainda segurando o lençol pra cobrir os
seios.
- Como assim?
- Arrumei uma vaga pra ele lá. Me ofereci pra pagar
todos os custos e depois de uma longa conversa, os pais dele aceitaram. No
início do ano que vem nós dois começamos juntos.
- Ual... As coisas estão se ajeitando, afinal. Meus
parabéns, você merece. Vocês dois. – virei-me para ele e estalei um beijo em
seus lábios. Então fitei seus olhos – Mas eu também tenho que te falar uma
coisa. – como ele não respondeu eu continuei – Minha tia Loren estava na cidade
com o marido quando minha mãe sofreu o acidente, no dia do meu aniversário. Ela
disse que indicaria meu trabalho fotográfico pra uma amiga famosa em Londres,
como presente. – dei uma pausa, ajustando a posição em que estava – Bem, a
mulher me mandou um e-mail dizendo que adorou. Ela quer que eu vá passar um ano
com ela assim que minhas aulas acabarem, pra estudar sobre seu trabalho e nós
aprendermos uma com a outra. Você é a primeira pessoa pra quem eu conto isso.
- Você já sabe se vai? – a voz dele saiu baixa. Era o
que eu temia.
- Quero muito ir, na verdade. – respondi. Vendo seus
ombros ficarem tensos, assim como sua expressão se tornar séria, fui logo
emendando – Joe, é a oportunidade que eu tava esperando, de dar uma virada na
minha vida, de seguir alguma ambição. Ter um sonho.
- E como nós ficamos?
Respirei profundamente.
- Se você puder me esperar, eu prometo que não vou te
decepcionar. Não você. É a última pessoa no mundo a quem quero magoar, eu juro.
Seu peito subiu e desceu lentamente, então o rosto se
suavizou e ele tocou o meu.
- Eu vou. – apoiou a testa na minha, fechando os olhos
– Sempre vou.
Todos arrumaram suas malas pra partir à tarde. Eddie
iria mesmo levar a bebezinha e registrá-la com o nome de Hope. Vovó pegou tudo
o que era necessário pra não faltar nada para ela até chegarmos a Forks. Encontrou-me
no quarto de Dianna e entrou, um sorrisinho travesso nos lábios.
- Querida, quando quiser ficar a sós com seu namorado
quando vierem aqui, podem usar esse quarto de Dianna mesmo, ou a salinha dos
fundos, o quarto de hóspedes onde ele ficou tem paredes muito finas. – e então
deu uns tapinhas no meu ombro e saiu.
Eita...
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