quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Capítulo 28(parte 1)

Eu sabia! - Rose disse, olhando com nojo para o vampiro que a encarava sorrindo perversamente enquanto enrolava uma corda prateada no dedo, provavelmente um tipo de objeto valioso para ele.

A lareira mantinha seu fogo ardente o que dava ao sujeito um ar de "demônio" aterrorizante. O lugar em si era sofisticado, elegante, inesperado, para o tipo. Mas nem tudo é como suspeitamos.
Rose foi amarrada com aquela a mesma estranha corda de antes na qual ela não conseguia se libertar, de material desconhecido. Melissa e Tyler também foram amarrados ao lado dela nas colunas da sala de estar.
- Querida, você deveria ter previsto isso desde o momento que a Virgem disse o que faria.- Varcus respondeu.
- Vai nos matar? - Rose levantou o olhar devagar. Com todo o suor e lágrimas molhando e sujando seu rosto, ela também não estava com a feição amistosa.

Ele riu, andou até ela, segurou seu rosto e aproximou sua boca do ouvido dela lentamente.
- Não é óbvio? - o pânico se instalou no rosto de Rose e ao perceber que os batimentos cardíacos dela aumentaram ele riu, se distanciando, e assim, falando para os três - O único jeito que eu tenho de voltar ao topo será matando você, minha neta, querida.
- Neta? - Tyler franziu o cenho - Rose, quer dizer que ele é...?
- Pai da minha mãe... Meu avô. Mas por que eles? Deixe-os ir. Sou a única que o impede de voltar ao trono. Tyler e Melissa não tem nada a ver com isso!
- Como você é ingênua! - Varcus fingiu lamentar, esfregando as mãos e mais uma vez mexendo na corda prateada - Vincent a encontrará onde quer que você esteja e eu preciso de um pretexto para encobrir minha culpa em sua morte. Vou deixá-los aqui e dizer que os peguei tentando matar minha amada neta. E que não os consegui impedir. É brilhante! Além de me livrar de você, procriação infectada, ainda recebo meu trono de volta.
- É ridículo. - Rose respondeu - Ninguém vai acreditar que dois humanos mataram a rainha. Sou por linhagem a vampira fêmea mais forte e o fato de eu estar aqui, na sua casa, já incrimina você.
- É verdade - ele deu de ombros - mas não se eu tiver isso! - mostrou a maldita corda prateada amarrada no dedo.
- O que é isso?
- Esta corda é o único objeto em todo o mundo que pode me matar e estava sobre o domínio humano, pelo menos é o que todos pensavam, se eu o colocar de forma estratégica para parecer ter sido usada por seus queridos amigos, até a Virgem não poderá discordar.
- Você é desprezível! - ela acusou. O homem fardado de verde entrou na sala parecendo receoso sobre o que diria a seguir.
- Senhor, er... Eu gostaria de saber qual vai ser o meu pagamento!
- O seu... Pagamento?
- É. Por ter trago os três pra você.
- Ah, sim. - Varcus o olhou com malícia e logo quebrou seu pescoço, saboreando o sangue quente do bandido em seguida. Virou o sorriso perverso e ensaguentado pra Rose e disse - Essa é a recompensa!

....

- A mansão de Varcus? Podia ser mais óbvio? - Stevan fez careta de trás dos arbustos.
- E mais arriscado. A mansão deste infeliz é cercada por guardas bem armados.
- Tá com medo irmão?
- Nunca. - sorriu.
- Então vamos.

....

- O que ele tá fazendo? - Melissa perguntou, de cenho franzido para Rose, observando ao longe que Varcus preparava algo sozinho em uma posição estratégica pra que ninguém espiasse. Mas a ruiva sabia que, na verdade, sua amiga ainda estava horrorizada com o corpo do sequestrador jogado no chão da sala e com a mordida enorme no pescoço e ainda sangrando. O cheiro incomodava a ela um pouco, mas não ao ponto de desejar desesperadamente como pensava, era mais como olhar uma comida que nem é a sua preferida, e quando você estivesse sem fome. Não era o fim do mundo, poderia viver sem aquilo, então, de fato, sua sobrevivência era o sangue do seu amado, ou seja, de Vincent.
- Me desculpem. - Rose fechou os olhos e abaixou a cabeça - Vocês estarem nessa bagunça é culpa minha. Eu devia ter ido me despedir, me explicar...
- Se despedir? - Tyler interrompeu - Como assim?

Ela respirou fundo. Era sua última chance.
- Minha mãe era uma vampira, mas meu pai não sabia disso, então...
- Sua mãe engravidou sem saber que estava dando origem à uma mestiça. Sim, nós sabemos dessa parte. Continue.

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