sábado, 8 de março de 2014

We Are The Last - capítulo 6


                                                   "Não estamos sozinhos, eu sei que não!"

Eu respirava fundo, afim de organizar os pensamentos, mas no final, tudo saía uma bagunça. Damara não era tão inocente o quanto eu imaginava, e ela era mais parecida comigo do que eu jamais iria supor. Quem era ela, afinal? O que estava fazendo na minha casa? O que queria comigo? E aqueles caras que acabaram com a festa da Mary? Quem eles eram?
O que queriam com aquele Davi? Quem era Davi? Essas perguntas vieram uma atrás da outra em minha cabeça, tão rápido ao ponto de quase me fazer ficar louco. Sacudi-a para tentar me acalmar. Sem sucesso.
Depois daquele episódio na casa da Mary, eu levei as duas para minha casa, Damara dissera que precisava organizar alguns objetos como suprimentos para nossa fuga.
- Fuga? Do quê? - perguntei, ainda meio atônito. A estrada estava escura, minha caminhonete estava começando a dar defeito outra vez e eu ia o mais rápido que conseguia.
- Aqueles caras foram só os primeiros, John. Ainda vão vir muitos mais. Você não quer ficar aqui pra ver, quer? - Damara disse.
- Mas por quê? O que eles querem? - Mary estava tão assustada quanto eu e na voz dela era presente um terror de entrar em um mundo totalmente novo, um mundo meu, mas que nem eu mesmo
conhecia.
- Escutem, eu não posso contar tudo agora, não temos tempo. Mas o que eu posso dizer, John, é que eu sou uma dos poucos que ainda restam como você que pode te ajudar. Eu sei do seu passado e vim aqui apenas pra te resgatar, você com certeza não vai conseguir isso sozinho!
- Mas você... É uma criança, o que pode saber sobre mim ou de onde eu vim? - questionei.

Damara riu brevemente.
- Meu querido, eu tenho 150 anos!

O choque foi maior em Mary do que em mim.
- Ok, acho que já entendi o porquê de você não sair muito daquela fazenda. - ela disse.
- Então quer dizer que você mentiu pra mim? - perguntei a Damara.
- Foi preciso. Eu tinha que saber como você estava e aos poucos contando a verdade pra que você pudesse assimilar tudo devagar. John, você é forte, mas a pancada que levou pra perder a memória não foi comum, seu cerébro está danificado, e qualquer informação pesada pode arriscar sua vida!
- Entendi. - eu disse - E pra onde vamos?
- "Nós"? - Mary repetiu - Eu não posso ir com vocês, não! É demais pra mim.
- Mary. - Damara começou - Eu sei que está assustada, cofusa e com muito medo, isso é completamente normal. Mas se você ficar em Smallville, vai acabar sendo mortas por outros caras como aqueles, eles agora acham que você está com a gente e vão te usar pra nos enfraquecer ou pior, te matar. Não podemos arriscar.
- E o que vão fazer?
- Te deixaremos com uma amiga minha. Ela vai cuidar de você e te deixar em segurança até que tudo isso termine.
- Quando isso vai acabar?

Damara me olhou.
- Eu não sei...

Chegamos na casa de fazenda todos corremos para dentro. Damara suspirou, aliviada porque tudo ainda estava intacto, isso significava que aqueles cara ainda não a haviam encontrado. Eu e ela passamos a vasculhar todos os armários, atrás de doces, frutas e sucos engarrafados em recipientes de plástico. Procurávamos mais alimentos não perecíveis, o que havia e muito. Mas a sorte é que eu e Damara poderíamos carregar uma quantidade anormal de alimentos que não faríamos esforços, então, quando eu terminei de arrumar minha "bagagem" eu a coloquei no banco de trás da caminhonete. Mary me encarou receosa, como se ele talvez não coubesse lá dentro, já que os suprimentos eram muitos e ainda haveriam as coisas de Damara, mas eu as deixei lá e segurei os ombros dela que me olhou com medo. A noite estava estrelada na fazenda, nós ouvíamos Damara correr como um raio pela casa atrás de objetos e uma coruja cantava próxima, em uma árvore ao lado da casa. A grama verde...
- Você tá bem? - perguntei à Mary.
- Não... - ela engoliu seco, sua voz estava embargada - O que vai acontecer, John? O que todo mundo vai pensar quando sentirem a nossa falta? E o que é tão importante ao ponto de arriscar nossas vidas e termos de sair às pressas? - lágrimas brotaram de seus olhos - Eu... To com medo. - eu abracei.
- Vai ficar tudo bem. - menti, com a cabeça dela ainda no meu ombro. Nem eu sabia as respostas para aquelas perguntas e estava assustado, ainda mais ela - Mas eu... Tenho que te esclarecer uma coisa. - ela se afastou e me encarou com o cenho franzido, os olhos azuis tão vivos à noite.
- O quê?
- Não sou tão... Jovem quanto pareço.
- Como assim? Você tem 150 também? - riu sem humor.
- Talvez. Eu não sei. Lembra que a Damara disse que eu tinha levado uma pancada na cabeça? - ela assentiu - Perdi a memória. Acordei em um hospital 70 anos atrás sem memória de quem eu sou,
de onde vim ou... Do quê eu sou.
- Espera um pouco, você tá querendo dizer que John não é seu nome verdadeiro, que você nem sabe qual é seu nome? E o que quer dizer com você não sabe o quê é?
- Eu posso fazer coisas... Viu o que Damara pode fazer? Não é nem metade do que eu faço!
- Isso não faz sentido. - Mary disse.
- Eu sei.
- É... Muita coisa pra eu assimilar assim... Depressa... - ela se afastou mais um pouco e eu a observei respirar fundo várias vezes, passar as mãos pelos cabelos e segurar mais lágrimas - Você nunca foi atrás? Todo esse tempo? Descobrir o seu passado? Por que ficou em Smallville?
- Foi o único lugar em que encontrei que pude viver uma vida normal sem despertar suspeitas por não socializar muito com as pessoas. Essa casa de fazenda estava abandonada quando a encontrei e... Sim, eu já fui atrás. Várias vezes. Eu vaguei pelo mundo sozinho por quase quinze anos, Mary. Mas não pude fazer muita coisa, porque não encontrei ninguém como eu. Nenhuma pista. Apenas suspeitas de... Aliens. - fiz uma careta.
- Tá querendo dizer que você é de outro planeta?
- Não necessariamente, mas foi a resposta mais adequada que encontrei. Eu não envelheço, sou imortal. Nem sei quantos anos eu tenho, pode ser que minha existência venha desde antes de Cristo!
- Meu Deus...
- Mary, olha pra mim! - segurei seu rosto entre as mãos - Eu poderia ter feito mal a muitas pessoas se essa fosse a minha intenção, mas não é. Você pode confiar em mim. Eu não vou deixar que
nada te aconteça no meu mundo!
- Um mundo que nem você mesmo conhece...
- Não importa! - suspirei - É culpa minha você tá nessa e eu vou fazer com que possa voltar pra casa em segurança. Eu prometo! - a abracei outra vez. Então, depois de instantes, ela perguntou.
- Você confia na Damara?
- Eu não sei...

Quase como se ela tivesse nos escutado, Damara apareceu na porta com uma mochila cheia ao ponto de parecer uma bola em suas costas. Era de um vermelho vívido e sua expressão era de tensão. Ela nos encarou e jogou a mochila no porta-malas da caminhonete.
- Chega de romantismo. Nós temos que ir!
- Pra onde vamos? - perguntei.
- Para cidade do pecado! - ela balançou as sobrancelhas e sorriu maliciosamente pra nós dois.

Eu fiz uma careta de desentendimento enquanto ela se apertava com minha bagagem no banco de trás do carro e Mary sentava no banco do carona. Quando me posicionei ao volante, Mary me olhou e riu
leve.
- Las Vegas, Nevada!



Meninas, me desculpem, por favor! Minha mãe esqueceu de pagar a conta do telefone e minha internet discada foi cortada, eu fiquei só com os poucos centavos que restaram da tim no celular, tanto que eu fiquei só no facebook, se vocês me viram kkk
Enfim, eu postarei em breve agora, fiquem tranquilas!kkk
Beijoss
Respostas

4 comentários:

  1. selinho: http://fanficss-jemi.blogspot.com.br/2014/03/selinho.html
    p.s: vou ler os capítulos que eu perdi e em breve faço meu comentário aqui, o.k? bjos'

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  2. Minha linda flor do cerrado u.u
    Que perfeito
    To amando tudoo
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    Beijos

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    1. own, minha linda! *--*
      muito obriga, que bom que tá gostando, desculpe de novo a demora! ://
      postado! \o/
      beijoss

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 renata massa