sábado, 14 de junho de 2014

Capítulo 14


Meu celular tocou às 7:00 da manhã do dia seguinte. Droga, hora de ir pra escola! Ainda era quarta-feira? Mal podia esperar pela sexta.
Desliguei o despertador e com muito custo caminhei até o banheiro, me olhei no espelho e, nossa, eu parecia um mico leão. Tomei banho, escovei os dentes, me vesti e fui para a cozinha tomar meu café. Minha mãe me esperava com ovos e bacon, comi tudo e ela me levou até a escola.
No caminho eu fiquei o tempo todo calada, pensando em Elizabeth, lobos, vampiros, no colar e em tudo o que eu havia me metido. Passei as mãos pelos cabelos. Eu precisava conversar com o Logan, não me sentia bem sabendo que ele só se aproximara de mim porque eu era ela, a amante dele, e talvez, a cópia fiel dela. Ah, que ódio, fui tão burra e ingênua, me deixei levar por impulsos, sem calcular as consequências. Eu sabia que ele seria um problema assim que passou por mim, mas eu queria arriscar, eu me deixei arriscar.
- Você tá bem? - minha mãe perguntou quando eu desci do carro na frente da escola. Assenti - Tá, eu pego você mais tarde, ok?
- Não precisa, eu pego um táxi.
- Ainda tem dinheiro? - olhei no bolso e lembrei que havia gasto meus últimos centavos com a corrida da casa do Logan até a de Alison. Pela minha reação, mamãe soube a resposta - Eu imaginei. Estarei aqui às 15:30.
- Tudo bem. - a assisti dar partida no carro e virar a esquina com o mesmo. Respirei fundo e atravessei o portão.
Ao contrário dos dias normais eu não encontrei nem Logan e nem Alison pelos corredores, então imaginei que ambos já estivessem na sala. Entrando na turma da senhorita Petterman eu automaticamente procurei pelos dois e para meu alívio eu estava certa. Logan, no fundo da sala, direcionou a atenção para mim na mesma hora, estreitando os olhos e um nervoso se instalou em meu estômago que me fez perguntar mentalmente se seria capaz de encará-lo quando fosse recusar suas carícias. Alison estava no lugar de sempre, bem ao lado do meu, passando um gloss nos lábios. Sentei-me, me curvando para a frente, apoiando os cotovelos na mesa.
- Aconteceu alguma coisa? - Logan perguntou, sua voz passiva quando a hora do almoço chegou - Você pareceu me evitar o tempo inteiro.
- Sim. - respondi, quanto mais cedo acabasse com isso, melhor. - Não quero mais continuar com isso. Entendo que esteja tentando me proteger do seu irmão maluco, mas isso não é exatamente por mim, não é? - ele franziu o cenho.
- Do que é que você tá falando?
- Você e Elizabeth foram amantes. É por isso que quer me salvar, não quer perder sua querida princesinha novamente e é por isso também que queria se envolver comigo e eu fui burra demais pra achar que havia se interessado em mim. Mas deixa eu te contar uma coisa, Logan: eu não sou ela! - tentei me afastar para me encontrar com Alison na cantina, mas ele puxou meu braço.
- Não é bem assim, eu...
- Você o quê? - ele respirou fundo de olhos fechados e enrijeceu o maxilar.
- Eu não fui capaz de impedir que a usassem na experiência de Diego. E não vou permitir que isso se repita.
- Agradeço sua preocupação, mas como eu disse antes: não sou ela. E não vou cometer o mesmo erro ao ficar com você! - me libertei dele e me afastei dali.
Por que isso me machucara tanto? Nós nos conhecíamos há uma semana apenas e mesmo assim eu tinha vontade de chorar, mas não ia fazer isso, iria apenas seguir com minha vida e deixar que ele e seu mundo sobrenatural cuide de seus próprios problemas. Queria ficar sozinha, pensar um pouco. Talvez Alison pudesse me ajudar com isso.
A cantina da escola, na verdade, não pertencia a ela, era mais uma lanchonete que ficava do outro lado da rua, da qual quem tivesse um pouco a mais de grana e tivesse a fim de Fast Food poderia se aproveitar até não querer mais. Ali estava sentada em uma cadeira de uma mesa solitária, comedo uma fatia de pizza com Milk Shake. Me aproximei e me sentei à sua frente, ela me encarou e levantou uma sobrancelha.
- Se lembrou de mim agora, foi?
- O quê?
- Ontem você não me ligou depois e hoje mal falou comigo. - eu ri.
- Ataque de carência é a última coisa que eu to precisando agora, Ali. - ela revirou os olhos.
- Foi mal, tá? É a tpm.
- Ok. - ri outra vez.
- Mas e aí, conta sobre você e o Logan, como é que estão indo?
- Não estamos indo. - respondi.
- Ué, como assim? - fiz cara de indiferença.
- Ele é um idiota.
- Você tá bem?
- Vou ficar. - forcei um sorriso.
- O melhor remédio é comer, minha querida. - ela disse e chamou o garçom do local, ele veio rapidamente e Alison pediu um cheeseburger e um suco pra mim. Não discuti, precisava relaxar um pouco.
Ficamos conversando e lanchando, estar com minha melhor amiga sempre melhorava o meu humor.
Mas aí quem eu queria evitar apareceu. Logan simplesmente se sentou em uma terceira cadeira, com um sorriso condescendente no rosto e roubou uma das batatinhas fritas do pequeno prato que pedimos minutos antes. A diferença é que agora, por alguma razão, ele havia trocado de roupa.
- Oi, garotas. - ele disse e continuava sorrindo.
- O que você quer, Logan?
- Agora? Você. - ri sem humor.
- Cai fora daqui.
Ele ergueu um canto da boca, rindo de uma forma que eu nunca vira, sombria. Então se virou para Alison que até então apenas assistia a cena sem dizer nada, olhou-a nos olhos e disse:
- Você vai ficar parada aqui, não vai correr ou fugir e assim que eu for embora, não terá nenhuma lembrança do que está escutando agora. Ou que eu estive aqui. - a minha amiga apenas obedeceu, congelada e aquilo me causou arrepios.
- O que fez com ela?
- Presta atenção no seguinte, docinho. Meu nome é Ian, sou o querido irmão do seu namoradinho e como ele já deve ter lhe dito, estou querendo cumprir um certo
propósito.
- Me matar. - disse, enrijecida em meu lugar. Ele levantou uma sobrancelha, concordando.
- Prefiro o termo me livrar de você.
- Não faz diferença.
- É, mas graças ao seu precioso colar. - apontou para o meu pescoço onde o diamante repousava debaixo da minha blusa - Não posso te hipnotizar ou sequer tocar em você.
- Como assim? - ele deu de ombros e pegou outra batata frita.
- É um truque que os bruxos aprenderam para proteger a alma da princesa. Todos os que tiverem más intenções com você não podem se aproximar, senão são incinerados na mesma hora.
- Que bruxos?
- Sua querida avó não lhe contou? Ela é mais experiente na magia do que você pensa. E é exatamente por isso que ando tentando acabar com você a distância. Como no dia do museu. - pus a mão na boca.
- Foi você?
- Pode-se dizer que sim.
- Pessoas inocentes morreram! Não se importa com isso?
- Tenho cara de quem se liga? - me encarou e fez careta - Não responde. Além do mais, não foi a primeira vez que eu tentei te matar.
- Não faz sentido, você... Só apareceu aquela vez.
- Acha mesmo que você é a primeira? - riu - Nossa, é mais inocente do que eu imaginava!
- O que quer de mim? - sorriu de canto mais uma vez.
- Agora sim, chegamos ao ponto da conversa que eu queria. Tenho vigiado todos os seus passos ultimamente e sei que sua mãe vai viajar com seu pai nesse final de semana, e que ficará com seu irmão no apartamento dele. - deu de ombros - O que tornará tudo mais fácil. - então me olhou nos olhos - Quero que vá até a floresta, afastada da cidade, às onze da noite de sábado pra acabarmos logo com isso. Sei que consegue fazer isso, afinal, seu querido irmãozinho confia em você, não é mesmo?
- E se eu não for?
- Então - mastigou a batata - seus queridinhos amados passarão dessa pra uma melhor. Sua mãe, seu pai, seu irmão, sua melhor amiga aqui, nos assistindo. Ficará sem seus preciosos. Você quer isso, docinho? Tenho certeza que não.
Ian se levantou da cadeira e saiu, me deixando tremendo, apavorada.

Meninas, mil perdões, mesmo!
É que houve um sério problema na minha internet e eu fiquei esses dias só pelo celular, o navegador não quer abrir se não for por uma rede wi-fi e eu vim pra casa do meu pai só pra postar. Bom, espero que tenham gostado! Beijos

Um comentário:

  1. Minha flor >.<
    capítulo perfeito
    coitada....o Ian aí aí....
    posta logoooo
    beijos

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 renata massa