terça-feira, 1 de julho de 2014

Capítulo 17


Na noite de sábado Mike saíra com os amigos e estava fora, como o planejado. Ele confiava em mim para me deixar só no apartamento.
Meus nervos não podiam estar piores. Chegara a hora. Tinha de sair antes das 22:30 para que Mike me visse em casa, senão ele não me deixaria sair. Vesti um casaco que ia até os joelhos e coloquei um cachecol para ajudar na proteção contra o frio. Peguei uns trocados na maleta de trabalho de Mike e quase me senti mal por estar roubando, mas era por uma boa causa e depois que ele achasse meu corpo morto, duvido que isso iria importar. Chamei um táxi e no caminho comecei a pensar em tudo o que acontecera na última semana, a minha vida mudar completamente e para sempre. Meu Deus, o que eu havia feito? Mas, na verdade, isso tudo meio que viera até mim sem que eu fizesse qualquer esforço. Era só uma questão de tempo mesmo até que eu acabasse assim.
O carro parou perto da floresta, eu olhei pela janela a estrada deserta e escura, as formas da mata nas sombras enganando qualquer um com imaginação. As corujas cantando, o vento balançando as folhas nos galhos das árvores e tudo ficando ainda mais sinistro com você sabendo que tipo de criaturas poderiam estar escondidas ali.

Paguei o taxista e desci do carro, mantendo em minha mente que era tudo por minha família e amigos.
– Moça, tem certeza de que quer ficar aqui? - o motorista perguntou.
– Sim, tenho certeza. Obrigada!


O homem assentiu e deu a partida, tomei fôlego e entrei na floresta.
Nossa, a mata era muito densa, em cada passo eu sentia estar quebrando alguma coisa, daí lembrava que eram apenas galhos secos no chão. Mas não demorou muito para que eu escutasse um vulto passar por mim. Meu coração acelerou no mesmo momento, procurei para ver se encontrava mais alguém que estivesse ali. Não encontrei ninguém.
Porém o momento de tranquilidade não durou muito, pois em um piscar de olhos fui levada por algum braço muito forte embaixo de um tecido áspero e sujo, em uma velocidade que pensei ser impossível, e desesperada comecei a gritar.
– Me solte!


Como se quem estivesse me levando iria considerar meu pavor e me obedecer.
Segundos depois eu estava presa em um tipo de tábua, com os pulsos amarrados à correntes de ferro. Essa situação me causou um tipo de nostalgia tão forte que quase fiquei tonta. Forcei as correntes inutilmente com os dentes cerrados. Onde eu estava?
.

– Seja bem-vinda, versão sete da princesa Elizabeth. - esse nome já estava me causando náuseas. O dono da voz se revelou junto com o ambiente. Era uma cabana de madeira, a luz estava bem fraca e tudo estava empoeirado.
O homem, que sugeri ser Diego que Logan mencionara, tinha os cabelos bem negros e ondulados, os olhos azuis e um sorriso desafiador, causava calafrios.
– Você fez uma ótima escolha, vindo voluntariamente até nós. - Ian apareceu dessa vez - Prometo que depois daqui deixaremos seus preciosos em paz.
– Ótimo. - respondi - Acabe logo com isso. - Eles riram.
– Ela é melhor do que eu pensava, já sei porque Logan se interessou por ela.
– Mas ela tem razão, temos que acabar com isso. - o rosto de Ian era tão parecido com Logan, claro, eles eram irmãos gêmeos, mas vê-lo me fez desejar que seu irmão estivesse aqui.


Ele pegou uma faca e se aproximou de mim, eu respirei fundo e fechei os olhos, me preparando.
Mas então minha expectativa foi felizmente frustrada por uma parede derrubada de repente, eu recolhi meu rosto por causa da poeira levantada e dos escombros.
E uma onda de esperança me invadiu quando eu vi que o autor da bagunça era Logan. Porém havia um problema...
Ian começou a rir.
– Você não cumpriu sua parte, docinho. Contou a ele!
– Não! Não fui eu.
– Solta ela! - Logan tinha os olhos brilhantes, verdes, ameaçadores e sua voz estava tão grossa e alta que ouvi-lo rugir estava me dando medo.
– É lua cheia. - Diego sorriu.


Logan começou a gritar, tal como no dia em que invadi sua casa, contorcendo-se, eu vi a imagem mais horripilante de toda a minha vida. A pele dele estava rasgando, se estraçalhando, na verdade, ele mesmo arrancava os restos com as próprias unhas nojentas e compridas, que mais pareciam garras. Os dentes se converteram em presas enormes e caninas, o tamanho dele triplicou e eu me vi de cara com o monstro que atormentou meus pesadelos de menina. A criatura do inferno!
Ian liberou seu sorriso.
– Era disso que eu estava falando. - e em segundos ele também se transformou em sua forma lobisomem.


A fic já está em seus capítulos finais! :(
Espero que estejam gostado! :)
Beijos

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